Eldorado Brasil é a primeira fábrica de celulose do mundo a gerar energia com efluentes tratados

A Eldorado Brasil Celulose inaugura um sistema inédito para a geração de energia verde. Com menos de 12 anos de atuação, é a única indústria no mundo a aproveitar efluentes tratados para reverter o fluxo de água e gerar energia, otimizando o processo antes da devolução ao rio Paraná, em Três Lagoas (MS), e tornando ainda mais eficiente a gestão operacional dos recursos hídricos na fábrica.

A tecnologia com bombas inversas, funcionando como turbinas, já é modelo no mercado de refluxo para águas, mas para fins de efluentes é uma inovação e reforça a essência da Eldorado em ser inovadora e estar alinhada com práticas ESG (Ambiental, Social e Governança).

A idealização da mini hidrelétrica surgiu do Diretor Industrial, Carlos Monteiro, que levou o desafio ao time de Inovação e Tecnologia e, em parceria com o professor Augusto Viera da Universidade de Itajubá (MG), desenvolveu o sistema único no mundo já instalado em fábrica.

“Enxergamos potencial energético e decidimos avançar. Nossa cultura de inovação nos traz diferenciais competitivos e de sustentabilidade com o uso responsável de recursos naturais. O papel da indústria de celulose ao trazer pesquisa e desenvolvimento, agrega para uma economia sustentável que resulta em benefícios ao planeta, como é o caso da energia verde”, resume o professor Viera.

Monteiro destaca ainda que a Eldorado Brasil possui rigoroso controle ambiental e desenvolveu o IPA (Índice de Práticas Ambientais) com padrões internos superiores aos exigidos pela legislação e com monitoramento diário. A empresa, atualmente, possui um índice de devolução da água utilizada na fábrica de mais de 85%. “Todo cuidado e tecnologia garantem o uso adequado do recurso e agora ainda podemos, com segurança, dar ainda mais produtividade dentro de uma estação de tratamento de efluentes”.

Como funciona

A empresa instalou duas turbinas para reverter o fluxo da água e gerar energia antes de devolvê-la ao rio. Cada uma delas tem capacidade de bombear, em sentido anti-horário, em média, 2,5 mil metros cúbicos por hora. Assim, a geração acontece a partir do volume total de 5 mil metros cúbicos por hora, o equivalente a 5 mil caixas d’água residenciais abastecidas nesse mesmo tempo. A empresa destinará a geração de energia verde ao consumo próprio em seu prédio administrativo, que inclui os edifícios do RH/Florestal, auditório, restaurante e ambulatório..

O impulsionamento reverso garante a geração de energia e, de forma automatizada, passa por três etapas:

Acionamento do gerador enquanto há efluente;
Geração de energia elétrica;
Transmissão da energia.

Nomenclatura inédita

O modelo inédito fez surgir também uma nova nomenclatura no setor. Os equipamentos são normalmente chamados de BFTs (Bombas Funcionando como Turbinas) e, com o pioneirismo da utilização dentro de uma ETE, passará a ser adotada a sigla BFTEs (Bombas Funcionando como Turbinas com Efluentes). Diferencia-se, dessa forma, a especificação e a utilização das turbinas, que nunca haviam sido voltadas para esse fim.

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